06 nov 2013IRÃ
Essa semana, o Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ, sigla em inglês) confirmou através de membros da família do pastor Abedini no Irã, que ele foi transferido da prisão de Evin, em Teerã, para a prisão Rajai Shahr, em Karaj – um lugar ainda mais perigoso, onde ele deverá enfrentar péssimas condições de tratamento e risco de vida
Segunda-feira (04), um membro da família do pastor Saeed Abedini chegou à prisão Evin, para a visita semanal regular. Lá, ele foi informado que, no dia anterior, o pastor havia sido transferido para fora de Teerã, distante uma hora e meia de carro. O parente viajou então para a prisão Rajai Shahr. Quando chegou, não lhe foi permitido ver Abedini.
A transferência abrupta e não justificada reforça o sentimento antiamericano no Irã, que está ainda mais intenso. A exemplo disso, segunda-feira também foi o dia em que iranianos saíram às ruas para comemorar o aniversário da tomada da embaixada dos EUA no Irã, em 1979. Durante os protestos, multidões gritavam "Morte à América", em clara oposição à promessa de moderação do presidente atual, Hassan Rouhani.
O ACLJ afirmou que Abedini está agora em uma das prisões mais perigosas do Irã – onde são mantidos os prisioneiros mais violentos – aqueles que foram condenados por assassinato e estupro. Em 2005, Loes Bijnen, um diplomata holandês da embaixada em Teerã, descreveu a prisão Rajai Shahr da seguinte maneira:
O ACLJ afirmou que Abedini está agora em uma das prisões mais perigosas do Irã – onde são mantidos os prisioneiros mais violentos – aqueles que foram condenados por assassinato e estupro. Em 2005, Loes Bijnen, um diplomata holandês da embaixada em Teerã, descreveu a prisão Rajai Shahr da seguinte maneira:
"Rajai Shahr é o lugar para onde são encaminhados os prisioneiros políticos vistos como um incômodo ao Estado. Ser condenado a esta prisão é uma punição severa. Uma vez lá dentro, você não é considerado mais como um ser humano. Quem é mantido ali, é tirado do mundo, até mesmo dos direitos humanos, da imprensa, ninguém mais tem conhecimento sobre o que acontece com o prisioneiro. Na Rajai Shahr, os presos políticos têm de conviver com criminosos perigosos, como assassinos, estupradores e viciados em drogas, que não hesitam em atacar seus companheiros de cela. Eles não têm nada a perder: muitos deles estão condenados à morte de qualquer maneira. Assassinatos ou mortes inexplicáveis são ocorrências regulares."
A transferência do pastor Abedini para essa prisão significa um avanço profundamente perturbador do caso e pode ser vista como uma atitude para colocar sua vida em risco. O próprio presidente dos EUA, Barack Obama, falou ao presidente iraniano Rouhani, em setembro, instando-o a libertar Saeed.
Naghmeh, esposa de Abedini, deu a seguinte declaração em resposta a esta última atualização do caso:
"A notícia da transferência de Saeed para esta prisão é ainda mais difícil de suportar. Estou arrasada e não sei o que dizer a meus filhos. Estou mais preocupada agora com sua segurança do que em qualquer outro momento durante a sua prisão. Eu só posso imaginar o tormento e a angústia que ele está experimentando. Imagino-o tão indefeso nesta prisão perigosa; sem proteção contra o abuso e a violência de outros prisioneiros; vulnerável a um governo radical que continua a violar os seus direitos. Eu sou grata por tudo que o nosso governo [americano] fez no passado – mas, agora, durante este tempo mais perigoso e incerto – mais uma vez suplico ao nosso governo – incluindo o presidente Obama – a lutar pela vida de Saeed e sua liberdade – peço para que lutem por este cidadão dos EUA. Estou fortalecida pela fé em Jesus Cristo, e continuo a orar pela segurança de meu marido e de sua libertação. Também sou muito grata por aqueles que apoiam Saeed e nossa família."
Naghmeh, esposa de Abedini, deu a seguinte declaração em resposta a esta última atualização do caso:
"A notícia da transferência de Saeed para esta prisão é ainda mais difícil de suportar. Estou arrasada e não sei o que dizer a meus filhos. Estou mais preocupada agora com sua segurança do que em qualquer outro momento durante a sua prisão. Eu só posso imaginar o tormento e a angústia que ele está experimentando. Imagino-o tão indefeso nesta prisão perigosa; sem proteção contra o abuso e a violência de outros prisioneiros; vulnerável a um governo radical que continua a violar os seus direitos. Eu sou grata por tudo que o nosso governo [americano] fez no passado – mas, agora, durante este tempo mais perigoso e incerto – mais uma vez suplico ao nosso governo – incluindo o presidente Obama – a lutar pela vida de Saeed e sua liberdade – peço para que lutem por este cidadão dos EUA. Estou fortalecida pela fé em Jesus Cristo, e continuo a orar pela segurança de meu marido e de sua libertação. Também sou muito grata por aqueles que apoiam Saeed e nossa família."
Piora o estado de saúde do pastor Saeed Abedini
16 ago 2013IRÃ
Após uma visita a Saeed, na Prisão de Evin, no Irã, a família do pastor informou que o estado de saúde do cristão piorou, seguido de constantes desmaios e dores. Ele cumpre uma pena de oito anos de detenção
"Infelizmente, nós ficamos sabendo que as lesões internas do pastor Saeed estão causando um aumento da dor", revelou o Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ, sigla em inglês), uma organização que representa sua esposa e filhos nos Estados Unidos.
"O pastor Saeed está sofrendo uma hemorragia interna, em consequência das fortes pancadas que sofreu na prisão por causa de sua fé", relatou o ACLJ.
Em julho, após ter sido retirado da solitária e alguns de seus sintomas terem desaparecido sua família relatou que ele estava com uma aparência melhor e mais animado.
O pastor foi preso em 2012 e mais tarde foi condenado a oito anos de prisão por supostamente colocar em perigo a segurança nacional e atentar contra o regime iraniano. Na prisão, Abedini tem sido pressionado a negar sua fé em Cristo por meio de tortura.
Uma campanha internacional apoiada por milhares de pessoas busca a sua libertação, mas até agora as autoridades iranianas se recusam a lhe dar liberdade.
As autoridades também negaram assistência médica ao pastor, levando o ACLJ a denunciar a República Islâmica por "tratamento desumano aos prisioneiros de consciência."
Naghmeh Abedini, esposa do pastor, propôs uma vigília de oração no mês de setembro, em virtude do longo período de encarceramento. Cerca de 44 cidades dos Estados Unidos conseguiram permissão para realizar a vigília de oração no dia 26 de setembro.
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